Dizendo o que há para dizer e o que não...rabiscando, apontando a vida, escrevinhando apenas quando não há nada melhor para fazer!
sexta-feira, outubro 07, 2005
Secret smile
A alegria é um sentimento pequenino e estrondoso que explode dentro de nós sem mais nem menos, sem explicação nem desculpa. Vem de nós ao contrário da felicidade que se tem que procurar, construir, lutar por ela e cansa demais mas achamos sempre que compensa. A alegria está no sorriso que me nasce de manhã e se deita comigo, nas coisas simples, nos pequenos prazeres de saborear uma meloa deliciosa e fresca antes de dormir, de começar a ler um livro que me prende, na música da rádio que me faz lembrar tanta coisa e fico com um sorriso sonso-recordador, na pessoa que se senta ao meu lado com aquele perfume delicioso e tenho vontade de rir porque me apetecia morder-lhe o pescoço, na ironia da estatística e da matemática que tende em perseguir-me e no profe saido de um filme de terror-cómico, numa troca de sorrisos e cumplicidades, na minha vida que às vezes parece um anúncio insultuoso aos pensos higiénicos (em que as pessoas estão todas tão contentes e nenhuma mulher percebe porquê) ou num puzzle que nunca tive paciência para parar e acertar nas peças, na redacção e nos comentários parvitos de mulheres que ainda querem terminar uma adolescência tardia, nas conversas contigo que renasces e me perdoas porque a amizade é assim...Nestas frases quilométricas que tiram o fôlego a qualquer trompetista e que tenho preguiça de pontuar...Em tantas coisas, que explodem comigo onde as levo na minha malinha secreta. E sinto-a como gostaria de sentir para sempre acesa no meu sorriso. Tudo isto é estúpido mas bom, como aquelas coisas que não se explicam e só a quem as sente pode perceber...e no meio disto tudo tem ficado tão pouco para a escrita metro-blogada, outro gostinho que tem sido complicadamente substituído...mas quando estou num estado de alegria estupidificante só tenho vontade de escrever coisas ridículas, porque como o Pessoa dizia não são só as cartas de amor que visitavam estas ruas, todos os sentimentos simples que não se tornam palpáveis em grandes acontecimentos correm sérios riscos de parecer no mínimo esquesitos para quem os lê.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário