Às vezes não dá para perceber porque cativamos alguém ou até onde essa sensação pode ir ou durar. O início (que tantas vezes é também o fim) de uma relação (no sentido lato) é estúpido. Há borboletas a mais num só estômago, com sorte em dois, mas podem pousar ou voar.
Tudo está em jogo nos primeiros minutos, nas primeiras horas, nas primeiras mensagens, nas trocas de palavras ou nos silêncios. Cada ausência é um desejo incessante de voltar a encontrar, de olhar para essa pessoa, de a ouvir ou falar com ela seja ao telefone, por messenger ou facebook... Nada sacia quando se está apaixonado, a não ser o próprio causador/a desse drama. E há que escolher demasiado as palavras, os gestos, os olhares porque se quer que tudo seja perfeito (ao contrário de quase tudo). Nada é natural nesses momentos a não ser um gigantesco desejo de agradar. Contudo e, simultâneamente, de uma só jogada tudo pode mudar e nunca se ficar a saber o que realmente falhou.
E dói como se o mundo dependesse de uma justificação. Era uma expectativa, poderia ser ou não...se continuasse, em duas semanas, poderia a chama estar apagada mas como tudo o que quebra abruptamente, sem se saber porquê, torna-se no centro da existência...e vem a ansiedade, a dor, o medo de perguntar porquê, a raiva da rejeição, tudo servido numa rajada violenta.
As borboletas dão lugar a elefantes que esmagam e destroem o espaço antes tomado pelas boas sensações.
E pior que tudo isto, é que a paixão pode durar minutos, horas, pouco mais do que um sorriso...e o desgosto precisa de meses para sarar com lágrimas e angústia, especialmente, quando é por causa desconhecida...
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