quarta-feira, março 30, 2011

Com água na boca!

Porquê? Se fosses gémeos eu percebia mas tu não és e, contudo, consegues ser tão diferente de umas vezes para as outras. Em curtos segundos, desconstróis a imagem que a custo vou tentando captar.

Hoje disseste algo que me deixou a pensar...um sinal que te importas, ou que pelo menos reparas, notas...Mas é sempre antes de partires, antes de poder entender o que realmente significa.
Quantas vezes te quis virar as costas, apagar-te para sempre? Tantas. Quantas vezes tive raiva de ti? Várias.
Porque não o fiz? Não sei e ao mesmo tempo sei. Medo de ser precipitada. Medo de te estar a julgar sem te descodificar. E curiosidade, vontade de te explorar.

Nunca percebo se quero estar aqui contigo desta forma ou se quero estar enquanto durar mas sem qualquer expectativa. Já lá vão 4 meses e sei menos de ti do que muitas das pessoas com quem me cruzo quatro dias ou quatro horas. Não acho normal mesmo.

Agradeço a paz que tenho tido ultimamente, a liberdade de não te desejar demais mas hoje vi-te, tive-te perto e hesitei. À distância é mais fácil afastar-te.
E cresce essa água na boca, essa sensação de que sei tão pouco mas queria saber tanto...

terça-feira, março 29, 2011

O que é isso?

Acho que nunca vi gajo que se viesse meter tantas vezes no face mostrando, ainda assim, tão pouco interesse em conhecer-me, em saber mais sobre mim...Será que estás a pagar uma promessa?

gaja vs gaja

Hoje parecia mesmo que querias estar comigo...parecia, mas não o disseste. És gaja, só podes ser gaja! E como eu não sou um gajo inconsequente mas sim uma enjaulada, assustada e insegura, descartei-me, antes que a possibilidade se pusesse. Quem ganhou? Obviamente que ninguém...Só acumulei pontos para uma possível neura.

Como podes tu tentar perceber-me se eu não me percebo?

Às vezes perguntas-me o porquê de alguma atitude e, se pudesse, explicava-te, juro que explicava porque sou daquelas parvinhas honestas e ingénuas que abre o jogo... E, como tal, vou a correr inventar uma explicação que me pareça aceitável e não muito esquizofrénica para mim e para ti. Mas eu sei lá o que me dá...Tenho ciúmes? Tenho. Irritas-me? Sim. Dás-me vontade de te esganar, muitas vezes, virtualmente por coisas que não tens assim tanta culpa? Com toda a certeza. E de gritar, até te rebentar os tímpanos, quando me ignoras no face? Absolutamente. Qual é a solução? Não faço a mínima ideia. Será que alguma vez nos vamos entender? Com muita pena minha, acho mesmo que não.
Todavia, às vezes, dou comigo a pensar que gostava de ter um amigo (mas mesmo só amigo) como tu. Íamo-nos divertir mais se fizessemos 'rewind' até ao primeiro café. E nesse, olhando-me nos olhos sem qualquer desejo mas muito entusiasmo, terias dito: Ouve lá, acho que és porreira, podiamos mesmo ser uns amigos fixes sem nada de sexo...como se fossemos duas gajas que não competem... SIM; SIM; SIM! Era mesmo isso!!!!

Há sensações estranhas...

Estar desocupada faz-me pensar mais em ti mas, simultâneamente, faz-me fugir a sete pés. Sinto-me limitada em todas as capacidades neste momento e, apesar de achar que já não sinto nada (ou pouco:S) parecido com paixão, tenho medo de estar contigo e não deixar boa impressão, não te surpreender de forma alguma.
Acho que a minha habilidade para seduzir está afundada num copo de bacardi lemon com sumo de limão, nos únicos segundos de inconsciência em que o meu eu pode vir ao de cima sem medo. Mas esse eu, artificialmente poderoso, também é perigoso porque donde vem a força vem a noção que não és para mim. De alguma maneira cativas-me, dás-me vontade de conhecer mais contudo nunca me deixas ir mais além e fico sempre presa no desconhecimento, o que me irrita, sempre me irritou mesmo nas mais pequenas coisas. Tenho sede de saber tudo...
Será que é no fracasso dessa impenetrabilidade que reside este sentimento estranho de que não posso largar mas talvez também não queira guardar? Definitivamente, há sensações demasiado estranhas para as quais adorava ter uma resposta lógica.