domingo, outubro 31, 2004

Tico, teco, o ajudante da limpeza, o neurónio desempregado, o dramático, o conversador, o louco e o anãozinho tímido foram com o Pai Natal ao circo...

...e eu fiquei a divagar com a sebenta de matemática que não parece querer comunicar comigo.
Talvez medo de sentir e magoar sem intenção...não faço de propósito...sinto apenas...mas sinto-o talvez erradamente! Receio voltar à conversa da "intimidação"-que irremediavelmente me persegue- no meio de tantas diferenças... Se calhar vou ser eu a intimidada para quebrar a rotina. Não sei se avanço se recuo...ai, ai...que vergonha!:P
Abro ecxepção: fico quieta e calada, escondida em mim sem partir a casca! Não sei quem tem mais medo desta vez...No meio de tudo parece-me que é mais fácil concentrar-me e estudar!

Para o grupinho maravilha das católicas...

Meninas ando com uma nostalgia imensa-gostava de vos obrigar a voltarem a tirar este curso comigo! Estão abertas as inscrições para outras loucas...
Na sexta-feira, pela primeira vez desde que voltei à universidade, entrei num dos nossos recantos mágicos onde partilhámos tantos stresses e angústias...onde rimos e falámos demais. Onde nos matámos a estudar (só para algumas, claro:P) e perdemos a concentração...A bela da sala de fumo da biblioteca. Confesso-vos que andei feita maluquinha a percorrer aqueles corredores de livros e a sentir o cheiro a saudade que se mistura com o pó (e até isso continua igual).
Sentada na sala de fumo lembrei-me de ti Sinha- dos últimos 50 cigarros antes de entrar para as frequências, das noites mal dormidas por turnos, dos "não-sei-nada", do "estou em branco" e etc e tal. Lembrei-me da falta que me faziam os teus apontamentos e da forma como dividimos o mundo...
Lembrei-me de ti Rita- baldas como sempre-mas especialmente, lembrei-me do início, em que adoravas ouvir-me para estudar e eu falar para recordar-a conjugação perfeita.
De ti João com os teus horários tão próprios e da tua inigualável descontracção natural. Do teu riso confiante e calmo...da tua paz e ironia. Dos longos cafés de sempre e que espero que não acabem...
"The last but not the least"- a loira de serviço. Quem mais senão tu...a tua espontaneadade e disponibilidade. "o meu nome é ....de Sousa Lé":P. Do teu stresse ao lado das stressadas, da tua calma ao lado das baldas. Da tua irritação: "Por causa de vocês chego sempre a casa a cheirar a fumo...". Da tua memória para todas as datas...
Balanças, gémeos e o caranguejo a andar de lado, a tentar apanhar tudo e a contrabalançar:P
E de repente, no meio de alguns cigarros pensativos (sim porque os meus cigarros também pensam, não são só os dos grandes escritores) senti-vos a todas ali, sem apoio mas apoiada nas boas recordaçãoes que não se apagam e que, vezes sem conta, me têm invadido com tanta intensidade. Senti falta das bocas, das piadas, do corte-e-costura...mas dei por mim com um sorriso estupido na cara e uma vontade muito maior de voltar às contas que falho ora sim, ora sim, ora sim e ora não quando calha.
Agora já ninguém me manda escritinhos no meio das aulas nem joga ao cadaver esquisito comigo!:P
As saudades são tão traiçoeiras...

Amigos para sempre

Estive a ler um artigo da Visão desta semana que vos dedico- Amigos para sempre. É verdade que não está muito bem escrito, podia estar bastante melhor. A jornalista conseguiu assassinar um tema fantástico...nem ela sabe provavelmente quantos desejariam fazer temas como este por essa comunicação social a fora... mas criticas à parte, vale a pena ler por algumas das citações que incluiu no texto e, que pelo menos a mim, fazem muito sentido.
Destaco uma de um escritor brasileiro: "Eu poderia suportar que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos", Vinicius de Moraes. E misturo-a com uma frase que ela escreveu mais à frente: "Para muitos, a amizade é outra forma de amar, mais incondicional até".
Acabo a divagação com a última frase do texto também da autoria do grande Vinicius (embora inclua um erro de palmatória-mas o sr era brasileiro coitadito...): "A gente não faz amigos, reconhece-os".

A todos os que foram, são e serão meus amigos, ou a todos os que conseguir reconhecer ao longo da vida queria dizer que vos adoro! E que não faz sentido viver sem vocês meus amorzitos. Só tenho pena de ter perdido alguns pelo caminho...mas espero não voltar a cair no mesmo erro.
(Cheira-me que ando muito lamechinhas...mesmo sem ter bebido:P)


terça-feira, outubro 26, 2004

La Palice- o segredo!

A todos o que invocam o seu nome em vão...
A sério seus desgraçados o homem já anda à voltas no túmulo há demasiado tempo, deixem-no em paz...é que na realidade ele não era loiro nem sequer dizia asneiras...
O senhor de la Palice era um guerreiro francês de nome Jacques de Chabannes (1470-1525). Apesar da sua fama tão negativa, que tem perdurado ao longo dos séculos, a expressão "verdade à La Palice" deve-se a um erro de interpretação. Na sua época, este chefe militar celebrizou-se pela vitória em várias campanhas. Até que, na batalha de Pavia, foi morto em pleno combate. E os soldados (ou melhor os sacanas dos soldados) que ele comandava, impressionados pela sua valentia, compuseram em sua honra (o que é sempre simpático) uma canção com versos ingénuos (supostamente) que diziam o seguinte: "O Senhor de La Palice / Morreu em frente a Pavia; / Momentos antes da sua morte, / Podem crer, inda vivia."
Pois é, foram estas palavras sábias que dedicaram ao mestre que fizeram com que ainda hoje, passado séculos, ande tudo a gozar com o desgraçado. O autor queria dizer que Jacques de Chabannes pelejara até ao fim, isto é, "momentos antes da sua morte", ainda lutava. Mas saiu-lhe um truísmo, ou seja, uma evidência tão óbvia que acabou por destruir a fama do corajoso Jacques de Chabannes para todo o sempre. É lixado!

Pois...

Se calhar fiz asneira...o silêncio consome por dentro!
Nem sequer sei se fiz mas se fiz talvez tenha sido sem querer
Ou num querer inconsciente!
(vira o disco e toca o mesmo)

domingo, outubro 24, 2004

O Direito é um mimo

O que eu mais adoro no direito é a capacidade de tornar tudo mais simples.
Uma definição de estudar- à moda do direito-seria qualquer coisa do género: Acto lícito e necessário à vida em sociedade com características de hipoteticidade, abstracção, e generalidade de um indivíduo indeterminado que no cumprimento da sua obrigação de ordem ético-normativa dispensa algumas horas (ver art.5º do cc) a epinar literalmente, no sentido objectivo, de acordo com o espírito da lei matérias essenciais à convivência. Tendo em conta o princípio da autonomia da vontade e apoiado em valores de segurança e justiça na prossecução dos fins. Aquele que não cumprir a norma jurídica injuntiva prroíbitiva descrita na anterior alínea
a)será considerado inapto nos termos do artigo 69 do art. xpto
b)pode ser vetado da disciplina em questão disposta no código...
c)e leia as outras 30 alíneas que de acordo como o professor bloqueado mental se aplicam a determinados casos importantíssimos.
Poderá o infractor incorrer ainda em consequências desfavoráveis- sanções- cumulativas de caracter preventivo, repressivas (compulsórias, reconstitutivas ou compensatórias) e punitivas...

A sério estou muito agradecida por não me terem dado equivalência a esta disciplina. Vou colar no carro um autocolante daqueles muitaaaa xiiirosss do tipo: I (coraçãozinho) Law ou cuidado estudante de Direito a bordo!

It's all so grey!

Até à última resisto...odeio despedidas mas sei que é hora de dizer adeus ao Verão. Ligo o aquecedor, aqueço um chá e enrosco-me num cachecol. Sinto o frio a intrometer-se no meu humor.
Saio à rua e ouço vozes fanhosas que se cruzam comigo no passeio, olhos a pingar e narizes em ruídos estridentes a enfiarem-se em lenços amarrotados. As gotas da chuva, que cai a medo, salpicam-me a alma de nostalgia. E as pessoas, que passeiam sorrisos apagados, empurram-se em centros comerciais. Páro e olho à volta...roubaram-me a minha mesa do café...Bebo em pé e reparo que está tudo vestido de castanhos, pretos e azuis escuros...já enterraram o Verão antes de mim e toldaram-me o pensamento. Vou de cor-de-rosa onde tudo é cinzento mas sinto-me a desbotar. Há uma saudade de calor que ainda me abraça num até breve à primavera! Até lá tento que a alegria não hiberne!

enDIREITar

Hoje vou ser uma pessoa séria e aplicada. Vou tentar estudar direito como uma rapariga às direitas. Ou à americana, como diz um ilustre professor de economia, tradução-"à marrare".
Não me distraiam por favor...já sabem que eu não resisto e o tempo escasseia...começo a entrar naquele período em que a alma começa a tremer mais uma vez... e a vontade é tão pouca...só intervalo para os simpsons-os 25 minutos mais intlectualmente rejubilantes do fim-de-semana :P

sábado, outubro 23, 2004

Dá para me explicarem?

Se Deus, que é Deus, escreve direito por linhas tortas por que razão é que eu, simples mortal, tenho que estudar direito? Eu sempre gostei mais dos caminhos ínvios...:(

Puro veneno II

Pois é amigas para quem me perguntou como são os rapazes da minha universidade, e porque sinto veneno a correr nas veias:P, vou descrever-vos 1 belo espécime.
Há um rapazinho muito engraçado, de apelido supéééé chique- Espírito Santo- é impossível imaginar melhor...que com medo que as pessoas não percebam o queque que ele é acentua até ferir os nossos ouvidos a sua pronúncia hiper-super "jumbo-ò-nasalada" e, pior, de tia (e não de tio). Ele usa tanto o nariz para falar que eu tenho a sensação que ele deve tirar os macacos da boca. O belo do projecto Espírito Santo pinta a cara com pintinhas vermelhas de esferográfica e o nariz com sinais pretos (sim porque eu não acredito que alguém do seu nível tenha borbulhas horrorosas-isso é hábito de pobrinho). Além disso abana as ancas porque fica sempre bem num homenzinho dar um pouco à nalga, não acham? Quem não gostaria de andar com um gajo que se abana? É supééééé in.
Mas o que mais me preocupa é a voz, uma combinação melódica entre José Castelo Branco e Cláudio Ramos. Eu tenho a certeza, que as eventuais namoradas daquele rapazito, nos contactos íntimos não fecham os olhos para ter a certeza que não estão a beijar (ou etc e tal) uma gaja. Se é que beijar se usa...se calhar também é hábito do povo. Provavelmente como os tios adoram simplificar as demostrações de carinho, por exemplo, dando só um beijinho em vez de dois também poupam no resto. Em vez de um linguado, por exemplo, colam só a boca e deixam a língua sossegada. Em vez de ....despem-se só e ficam a olhar uns para os outros...
Ai, é tão bom ser do povão!

Puro veneno (interdito aos mais susceptíveis)

Ontem saltou-me meia-tampa. Estava numa aula e uma boa de uma imbecil, que por acaso, nasceu na mesma terra (mas que à parte disso não tem qualquer outra semelhança comigo) resolveu pôr em prática a sua prolixidade e mandar uma boquinha tão estupidamente típica de gajas (e não consigo mesmo chamar-lhe rapariga) que se senta na primeira fila. Com a sua carinha de bosta mal-cozida e rabinho arrebitado resolveu pronunciar o que cito: " Vocês queimam os neurónios a beber e depois não conseguem fazer os exercícios"-disse do alto da sua tribuna de rectidão. Ao que eu, uma das visadas, instintivamente respondi com uma ironia muito soft (tendo em conta que a bostinha ainda só tem 18 anos e estava na aula de uma pessoa que respeito bastante).
Para informação adicional este "piqueno" ser que se acha o supra-sumo da inteligência (porque entrou para a universidade com média de 15 e tem bolsa...um feito tão admirável, que até eu entrei com 2 valores acima). E, que diz à boca cheia: "eu sou super-religiosa, aqui na católica vou à missa todos os dias e sou madrinha de crisma de "n" amigas (=a pateguinhas como eu) " é conhecida por dentro e por fora por vários meninos da minha terra, os últimos dois namorados são dos gajos mais broncos e bêbados da terra e tem uma armação na cabeça que não pára de crescer. (logo aí tinha mais era que se calar).
Além disso imbuída do seu espírito cristão de entreajuda quando lhe pedem fotocópias de aulas, ela oferece-se para as passar em casa e depois devolve só metade do que foi dado e com erros propositados para prejudicar as outras. A piquena bosta acha-se muito esperta.
Eu tenho tentado ser muito cristã quando a ouço, ao contrário dela, porque também já teve alguns piquenos comentários agradáveis comigo...que, em situações normais, já mereciam algo mais...
Há ainda outros mínimos pormenores de pura maldade a acrescentar: O pai dela é dirigente político da minha terra, de um partido que tem a fama de a única pessoa que gosta de mulheres ser a Dina, e, na minha terra deve ter 0,000001 de votantes (a sua família). Esse digno representante da moral, quando eu tinha 16 anos fez-se a mim quando o fui entrevistar para um trabalho de liceu. Além disso, os homens "importantes" da terra conhecem-lhe de cor os boxers e as mulheres dos outros também.
É triste, muito triste que quem tem telhados de vidro tente atirar pedras. Da minha parte só não lhe atirei um computador à cabeça porque tive pena do computador, que vale bem mais!

Onde nasce o preconceito...

Desde que voltei à universidade várias vezes me perguntaram qual o curso que tirei antes. Depois de responder comunicação social a resposta é quase sempre a mesma "pois, era mais fácil...este é mais difícil não é? "A minha resposta é sempre delicada e simpática, uma vez que, não me apetece discutir...se respondesse o que pensava talvez já tivesse mais inimigos! (porque como vocês sabem a tolerância, até um limite bastante razoável, ainda é uma característica que prezo bastante).
Mas aqui vai, o que em nome da tolerância calo, mas penso: Há cerca de um mês e meio que tenho aulas de gestão e como não sou a burra de comunicação social que alguns pensam eu explico: Nem professores nem alunos daquela tão sábia e superior carreira que é a gestão/economia conseguem dizer mais do que duas frases sem dar, pelo menos, um pontapé colossal na gramática. Tenho sebentas, livros, apontamentos e fotocópias de aulas de colegas cheias de erros ortográficos e gramaticais (dignos de risota para alunos da primária) e redundâncias levadas ao limite. Eu, ao menos, admito que a minha matemática é fraca porque a deixei há 10 anos(mesmo assim houve dezenas de geniozinhos que conseguiram ter notas inferiores, sabe-se lá por quê...).
A questão é: eles falam há mais de 16 anos, escrevem há mais 12 ininterruptamente e não conseguem fazê-lo sem assassinar o português. Além disso a maior parte tem dicções tão vergonhosas que ninguém percebe o que tentam ler em voz alta nas aulas. Não lêem livros, a não ser os de estudo (carregados de erros).
A única coisa que se começam a preocupar é trocar alguns relances com as gordas dos jornais (e só porque naquela faculdade) a imprensa é "gratees". E quem são esses burros que estão por trás daquelas letras? Que escrevem aquelas coisas? São a classe, que vocês inundados em preconceitos, menosprezam...
Eu explico. Os economistas e gestores não eram nada se não existissem uns deficientes (como eu e alguns colegas) que quase de borla (comparando com os salários que estes gestores, um dia, vão receber) se matam diariamente para lhes servir a actualidade de bandeja.
E mais: Vocês um dia vão aparecer na televisão e ser o alvo de muitos colegas meus para obter comentários sobre a situação económica do país (que nas mãos de gente preconceituosa vai continuar de mal a pior). Vão gozar com o que lhes perguntarem (como já ouvi fazer naquelas aulas 3 professores)mas nem sequer vão conseguir contar a história de forma perceptível porque têm discursos mal construídos (perdem meia-hora) a expilcar o que se pode dizer em 2 minutos).
A questão é sempre a mesma. Nós, jornalistas, quando não sabemos recorremos aos especialistas. Vocês continuam a dar calinadas grosseiras e a gozar com as dos outros julgando-se os maiores. Mas mesmo assim pelam-se por aparecer nos jornais...e por quê?
Em qualquer país do mundo civilizado há quem perceba que a comunicação social é o quarto poder e, frequentemente, o primeiro. Mas os meus coleguitas e alguns professores ainda estão longe do progresso como está Portugal.
Um dia espero que acordem do mundo da fantasia...e do faz de conta. Até lá gostava de os ver sem televisões, sem telejornais, sem revistas e sem rádios...onde a maioria destes seres desprezíveis- chamados jornalistas- se matam de borla por dar ao mundo ferramentas essenciais para a compreensão do dia-a-dia!
E mais não digo...porque quem sabe, percebe, quem não sabe orgulha-se da sua igno`rância e continua a vestir a capa do preconceito!

quarta-feira, outubro 20, 2004

Comunicado urgente

Não se sabe do seu paradeiro, saiu de casa de sua mãe há, pelo menos, uma semana atrás sem dizer para onde ia. Pede-se urgentemente a quem a encontrar para dar notícias do paradeiro a esta " mãe" desnaturada. Chama-se concentração, não deve ter mais de 5 anos e costuma andar vestida de cores garridas. Não tem qualquer tipo de deficiência, a não ser uma acentuada tendência para fugir quanto mais se precisa dela. Tem um ar irónico mas não é perigosa. Oferece-se compensação a quem a devolver intacta. Bigada!

Tio Marcelo

Há uns tempos li um artigo, que era capa da Visão, sobre uma espécie de "doença" ou moda das pessoas que tentavam ser como o Marcelo Rebelo de Sousa, no número de horas que dormiam por noite, (aproximadamente 3). Embora ache que dormir é um prazer também considero um desperdício termos que dormir tantas horas para conseguir pôr o Tico e o Teco a funcionar, pelo menos a meio gaz.
No entanto, acho que sem querer sinto o meu ritmo completamente alterado. Há séculos que não consigo dormir mais do que 4 ou 5 escassas horitas por noite. O mais grave é que, embora não esteja a fazer de propósito, o meu "piqueno" organismo alentejano não se habitua às modas tão facilmente.
A consequência é dramática: Durante o dia tenho que andar a apanhar as olheiras do chão, a pôr suspensórios nos olhos, e a dar umas palmadinhas na cabeça para ver se lá dentro eles acordam e, às vezes, tenho mesmo a sensação que vou entrar em curto-circuito cerebral tipo desenho animado. (Bem já não falo do "look junkie à força"...já só falta andar com um cartaz ao pescoço a dizer "Please, do not disturb!".
Mas ainda há mais- o mais rídiculo desta situação toda é que fico feliz, com um sorrisinho interior totalmente estúpido, (realmente devo precisar de pouco para ser feliz:P) quando olho para o relógio e pressinto que vou conseguir alcançar o objecto mais desejado durante o dia- a cama- uns minutos mais cedo! Até o rádio-despertador tem a opção sleep...
Marcelo, quando for grande, também quero ser como tu!... Vá podem começar a atirar a primeira pedra:P...que eu espero já estar em vale de lençóis:P...

terça-feira, outubro 19, 2004

À falta de melhor

Sabem aquelas pessoas chatas e muito chatas, com que nos cruzamos na vida, que mesmo quando não têm mais nada para dizer continuam a violar os nossos ouvidos com conversa que começa no "pois é, cá estamos", "Está chover...e vento" e que nos obrigam a reponder: "É verdade, está a chegar o Inverno...pois, pois". Conversas interessantíssimas em que se aprende imenso...pois é hoje apetece-me ser assim. Não tenho nada para dizer mas acho que estou melhor aqui sentada do que a fazer o tpc de contabilidade. Então, meus amigos, mesmo sem nada para escrever...porque os últimos testes atiraram a minha imaginação numa saca, atada por um cordel, para o fundo do precipício...cá estou, a escrever:P
Por isso, deixo-vos um poemita, que está colado na minha parede...e que de vez em quando, leio e sinto...pelo menos ainda não tenho amigos imaginários como o gajinho que assina o poema. Um tal de Fernando Pessoa...que quando também não tinha nada melhor para fazer ou fumava ópio ou escrevia pela mão dos amiguitos invisíveis! Disfrutem do excerto de "Deste modo e do Outro"

"Procuro dizer o que sinto
Sem pensar em que o sinto.
Procuro encostar as palavras à idéia
E não precisar dum corredor
Do pensamento para as palavras

Nem sempre consigo sentir o que sei que devo sentir.
O meu pensamento só muito devagar atravessa o rio a nado
Porque lhe pesa o fato que os homens o fizeram usar.

Procuro despir-me do que aprendi,
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu, não Alberto Caeiro,
Mas um animal humano que a Natureza produziu.

E assim escrevo, querendo sentir a Natureza"

É xiiiro, Sinha tu gostas pelo menos...e para quem já ouviu tantas vezes na caixa de mensagens de um telemóvel "Dizem, esquecem, não dizem, dissessem...." há que dar o desconto!:P
Eu bem vos avisei para me internarem antes de isto começar a piorar...

Informação de trânsito

(Para as amigas e amiguitos com quem tenho comunicado pouco desde que tenho a mania que sou estudante justifica-se...)
O trânsito intenso de "têpêcês" e aproximação vertiginosa das frequências têm causado alguns acidentes de percurso. Há muitos sinais intermitentes e buracos perigosos neste caminho. A circulação está cortada em alguns sentidos, especialmente, nas loucas saídas à noite e viagens a Espanha (com muita, muita, muita...pena minha). A visibilidade é reduzida, em particular, no trço da matemática e no cruzamento da informática. Esperam-se ainda longas filas de espera de livros e apontamentos espalhados pela casa...e a condutora começa a stressar (coisa rara, aliás...).

segunda-feira, outubro 18, 2004

Mistériiiiiio

Comprei um lip-gloss que sabe a fruta de la pasión! É azul. Só ainda não percebi ao que é que sabe.
(Se o meu irmão estivesse a ler isto, dizia logo, "Desde de pequenina que tens a mania de escolher as coisas pelas cores...querias sempre os gelados cor-de-laranja e verde eléctrico, cheios de corantes e depois queixavas-te!" lolo...querem ver que ainda tenho que dar razão ao maninho?)
Mas este sabe bem, só não reconheço...

Azia

No dia mundial do sabor provei o gosto amargo de duas negas seguidas...A sério há novas experiências que é preferível não ter!

sábado, outubro 16, 2004

A economia da vida II

A economia parte do princípio que as pessoas agem de forma racional (ou seja, de acordo com as suas preferências). E ao fazerem aquilo que acham que é melhor para si acabam por estar a contribuir para o bem geral e para o equilíbrio do sistema. (é a tal história da manápula invisível que nos empurra para o que é melhor para nós e, consequentemente, para todos).
A minha dúvida é: Como é que se resolve o problema económico quando o dito ou a dita em questão não sabe o que é racional, ou seja, não sabe o que é melhor para si? Será que aparece outra mãozita invisível que nos aconselha? ou que nos bate? :P

A economia da vida

Há uma lei da economia que diz que os problemas geram reacções, que por sua vez, levam, na maioria das vezes, às soluções. É assim que funciona o mercado ajustando-se constantemente às necessidades da sociedade...E costuma-se dizer que as pessoas funcionam da mesma maneira. Será?

quarta-feira, outubro 13, 2004

Luz ao fundo do túnel!

Tive 18,5 a contabilidade! Está feliz, a petiz lá, lá, lá...
Sempre dá para compensar um pouco os danos morais de estar para breve receber a nega a matemática...
Claro isto ainda são só mini-testes...por isso, é importante desvalorizá-los porque contam pouco na nota final e porque não quero deseperar com a desilusão da matemática! Apesar de ainda não ter acabado esta primeira leva de provas em formato reduzido, as frequências, infelizmente, já estão também à porta-começam a 25!

Bigada amiga

Bigada. Sabia que só tu podias fazer-me sentir mal àcerca da tal situação por isso liguei. É tão bom ter alguém que nos dê umas chapadinhas quando nós estamos a caminhar hipnotizados para o abismo! É irónico e contraditório mas realmente em certos assuntos somos tão burros...onde está a racionalidade quando precisamos dela?

terça-feira, outubro 12, 2004

Regresso ao passado

Há muito tempo que não me ria tanto...hoje à tarde tive que fazer um trabalho de grupo de contabilidade. O grupo não foi propriamente escolhido por mim...basicamente na última aula a que cheguei atrasada sentei-me ao lado de duas raparigas e automaticamente passei a fazer do grupo de trabalho que era o que estavam a decidir quando cheguei. O quarto elemento foi a próxima atrasada a entrar na aula que também se veio sentar ao meu lado...e que por acaso acho que é das miúdas mais porreiras da turma.
Hoje estivémos horas a falar. É giro somos todas absolutamente diferentes: uma é madeirense e toda maluca e "prá-frentex", a outra é de Torres Vedras, a dar para o brejeiro e ajuda o pai a vender no mercado e a última era bolseira de um dos colégios mais queques de Lisboa-o belo do Valsassina (Juro que não sei se é assim que se escreve), dá catequese, fala pelos cotovelos, é inteligentissima mas incapaz de se concentrar mais de 2 segundos consecutivos e eu, euzinha 8 ou 9 anos mais velha que elas...a dar por mim a cuscar tudo e mais alguma coisa...lolo...já fiquei a saber tudo sobre os possíveis romances da minha turma e acabei a apreciar meninos de 18 anos (não divulguem à PJ)... foi de partir o coco a rir. A combinação era hilariante...todas as conversas descambaram para perspectivas comicamente variadas. A mistura de sotaques e de maneiras de falar era digna de ser gravada...daqui a 4 anos estas diferenças provavelmente serão muito mais ténues...mas hoje fizeram-me ganhar a tarde. Mesmo assim conseguimos fazer o trabalho... Incrível!

segunda-feira, outubro 11, 2004

A prova dos nove

Estou triste! Falhei, correu mal o teste de matemática e vou ter nega. Fiz todos os testes dos anos anteriores (cerca de 10) e tinha sempre boa nota, no meu falhei...era demasiado diferente para aquilo que me tinha preparado. Podia ter um 15 ou 16 noutro qualquer doutro ano e neste vou ter no máximo 9. Depois de tanto esforço apetece-me esganar alguém! Vou tentar ser optimista mas agora ainda é mais difícil...

sábado, outubro 09, 2004

Instantes decisivos

Dei comigo a pensar no filme "Instantes decisivos" e vi a minha vida passar à minha frente. Cada vez que falho um exercício de matemática abate-se sobre a cabeça um sentimento de culpa...e se nada era suposto ser assim? E se este não era caminho? Neste momento apetecia-me estar em Espanha a comemorar 2 aniversários de duas pessoas que adoro...mas estou aqui. Agarrada à sebenta de matemática a ver a chuva cair lá fora...Tenho vontade de sair...de fugir...de tanta coisa que não acontece enquanto estou aqui a fazer exercícios e quando o destino já me tinha sentado noutra cadeira... . Onde estão os erros? Quem me dera que tudo fosse tão lógico e solucionável como a matemática...desde que se conheçam as regras e não se tenham perdido no tempo tantas bases...

sexta-feira, outubro 08, 2004

Plagiar uma letra...plagiar sentimentos...

I'm just the pieces of the man I used to be
Too many bitter tears are raining down on me
I'm far away from home
And I've been facing this alone
For much too long
I feel like no-one ever told the truth to me
About growing up and what a struggle it would be
In my tangled state of mind
I've been looking back to find
Where I went wrong
Too much love will kill you
If you can't make up your mind
Torn between the lover
And the love you leave behind
You're headed for disaster
'cos you never read the signs
Too much love will kill you
Every time
I'm just the shadow of the man I used to be
And it seems like there's no way out of this for me
I used to bring you sunshine
Now all I ever do is bring you down
How would it be if you were standing in my shoes
Can't you see that it's impossible to choose
No there's no making sense of it
Every way I go I'm bound to lose
Too much love will kill you
Just as sure as none at all
It'll drain the power that's in you
Make you plead and scream and crawl
And the pain will make you crazy
You're the victim of your crime
Too much love will kill you
Every time
Too much love will kill you
It'll make your life a lie
Yes, too much love will kill you
And you won't understand why
You'd give your life, you'd sell your soul
But here it comes again
Too much love will kill you
In the end...
In the end.

quinta-feira, outubro 07, 2004

Errar é humano mas cair duas vezes no mesmo erro é estupidez! Há tantos, para quê repeti-los? Vou tentar não me esquecer antes de acontecer...

Mudanças

Às vezes quere-se mudar tudo e nada muda.
No entanto, quando tudo se transforma demais ficamos meio à nora sem saber como é suposto olhar a mudança. É sempre bom mas nem sempre pacífico! Uma porta que fechei e a paisagem ficou tão diferente...até os que batem à nova parte parecem diferentes mesmo no caso em que são os mesmos.

terça-feira, outubro 05, 2004

Desbloqueador de sono...

Não me apetece dormir...porque é que não está tudo acordado e com vontade de falar a esta hora? Porque é que todos dormem à mesma hora? Dá para haver amigos disponíveis a todas as horas mesmo quando não temos nada importante para dizer que justifique acordá-los?

Visão do inferno

Dante esqueceu-se de descrever o Zé Castelo Branco de tanga fio dental branca...no comments! É muito, muito, mau...como é que é possível porem esta dita coisa no ar à hora de jantar? Homens de Portugal imponham-se...esta é a vossa Grândola Vila Morena...:P

sexta-feira, outubro 01, 2004

Tudo e nada...comete el mundo!

Testes...já? Contas, contabilidade, matemática...contas. Descobri a lógica...demoro demais. O resto não é matemática, tudo giro e não há tempo para viver tanto...Será que estou preparada? Nervos... Desafios...porque não consigo sair deles? Desejo de acertar sempre, de conseguir mais....até onde? Como? Por quê? Cada vez mais... Não seria mais fácil ser igual a toda a gente? Insónias demais...tabaco sempre que aperta o medo, incerteza, solidão. Sempre que sim e sempre que não. Depois porque sabe bem e antes para acalmar os nervos. Paz, harmonia....porque não? Sexo...hummm...cinema...prazer...ler...escrever, estar, simplesmente estar e continuar. Onde estás? Estás comigo? Estou só? Vais? Vens? Outros voltam...Não quero estar aqui sem ti...para quê tudo na busca da perfeição e plenitude que nunca se encontram. Inquieta, corajosa com as forças a falhar. Responde, aparece, ama-me, faz-me amar-te. Já vieste? Já apareceste? Por que não te vejo? Estás ai? Foste tu outro dia? Ou foram outros que não me lembro de recordar?