quarta-feira, novembro 30, 2005

O que é que eu faço antes, depois ou não fiz?

Há vários tipos de pessoas:
- Aqueles que passam a vida a pensar numa coisa e nunca avançam.
- Aqueles que avançam para todas as direcções sem pensar.
- Aqueles que primeiro que avancem precisam de ponderar tanto que, muitas vezes, perdem grandes oportunidades.
- Aqueles que não demoram muito a decidir mas depois hesitam mil vezes.
- Aqueles que demoram o timing certo em cada pensamento...o que decidem lembram e esquecem o que acabam.
- Aqueles que pensam em tantas coisas ao mesmo tempo que antes de decidirem já estão a pensar noutra.
- Os que decidem e depois passam o resto da vida a imaginar como teria sido se tivessem escolhido outra coisa.
...Com todos me identifico mas, preferia ser só uma, ser casmurra e teimosa ou ser impulsiva e inconsequente ou ainda indecisa inofensiva, mas sê-lo sempre.

terça-feira, novembro 29, 2005

Sem nexo

Quando um homem quer ter graça esforça-se tanto que a coisa sai mal. Outro dia o gajo do café onde agora vou todos os dias chegou ao pé de mim e disse: "Esses olhos são teus?". Ao que, inteligentemente, depois de quase cuspir o café com o riso respondi: São...
Duhhhhhh. Era suposto responder?

A minha colega do lado...

Passa o dia a dizer "assim comá assim" é melhor fazer tal...onde é que eu já ouvi esta coisa?Raios parta a miúda:P

7 anos pior do que no Tibete...

Já faz 7 anos e continuo a recordar o dia com clareza...não me arrependo do que fiz, só da memória que guardo. Não me lembro do que almocei anteontem mas lembro-me do dia...olha caracinhas para não dizer coisas vergonhosas que tu não dirias!:P

A multa saltitante...

Não havia lugares, só num lugar proibido. Demos voltas e voltas e o relógio não perdoava. mandei-o parar, estaciona aqui que trato disso. Roubei a multa ao carro de trás e pus no nosso. Assim, de certeza que a polícia não nos multaria porque já achava que estavamos castigados. Conseguinos, tiveste medo de que fosse injusto...mas afinal o outro só não saberia que tinha a multa naquele dia, a polícia encarregar-se-ia de o avisar novamente quando o prazo passasse.
Quando voltámos o carro multado já lá não estava. Pensei recompor a normalidade mas já não dava. No entanto, após umas voltas pela cidade estacionámos, tal não é a coincidência, ao lado do mesmo carro. Voltei a devolver a multa ao dono, que nesse momento já se encontrava estacionado num lugar permitido...gostava de ter visto a reacçao do dono do carro...se fosse eu achava que nas últimas horas tinha andado com uma multa no pára-brisas sem ter dado por isso, não sei como seria o dono do carro mas pagava para ver...lololol
Valeu pelas gargalhadas e por termos conseguido almoçar a tempo!;)
Era suposto que tudo começasse a compor-se e a mudar. Mudei muita coisa e até quase o essencial mudei mas olho para o lado e para trás e parece pouco. Olho para a frente e a luta parece não ter fim...em que estrada me enganei?

Eu sei que nunca tive jeito para os caminhos e direcções mas até nisso passei a tomar mais atenção...já não me perco tanto mas cada vez o encontro me parece menos saboroso...começo a achar que já seria altura de me trocarem as voltas:P

Sorrio e troquei lágrimas por pequenas coisas boas. gastei a importância do que não tinha muita e tentei descobrir aquilo que verdadeiramente contava. Descobri mas estava no sítio errado, parecia estar a escapar-me por entre os dedos. Com medo de confrontar ainda hoje não sei o que perdi e o que tenho. A recordação é minha, o resto continuo à espera que me digam...

segunda-feira, novembro 28, 2005

Harry Poter again...

Pois é também estava à espera de mais do piqueno feiticeiro (que já não é assim tão piqueno)...não gostei de ficar pendurada naquele final que não é nem deixa de ser, à la sr dos anéis!
A parte do romance também deixou bastante a desejar, ou bem que é ou bem que não é! Além disso, sem ter nada contra as chinesas, "parece-me a mim de que" a menina granger é que tem que ficar com a gajolas da varinha:P
Achei piada aos irmãos do ron...mas quase parece que já não sabem o que hão-de fazer com os personagens para cativar, está mais fraco e fiquei triste por isso...

Elizabethown...

Esperava mais deste filme, até agora toda a gente que conheço disse maravilhas sobre o filme, para mim foi engraçado mas não passou disso...fiquei a pensar onde se encantou toda a gente? A mensagem é banal: Se não desistires, vences. Pois, era fantástico se assim fosse, e de facto, se fosse tão fácil como está no filme...acho que é uma imagem já muito explorada. Provavelmente se não me tivessem dito tão bem, gostava mais...
P.s.-também não gosto dos dentes dela!

domingo, novembro 27, 2005

Para vocês...

Porque não faz sentido afastar as pessoas que fazem parte da nossa história e com quem partilhámos muito do que somos fica o convite...de coração aberto para continuarem a escrevinhar comigo!Espero que nunca seja tarde demais apesar das birras e discussões, dos mal-entendidos e diferenças de opinião. Cá vos espero, sempre...
Pode ser que muito tenha mudado e que nada volte a ser o mesmo mas valerá a pena desistir?

segunda-feira, novembro 21, 2005

Anjos caídos

Para quê colar as asas se elas só me trazem desilusões?...Pelo tanto que imaginei e não toquei. A inaginação é longinqua e eu quero estar mais perto da realidade, com os pés no chão e as asas encalhadas no cadeado.
Não pretendo sonhar para cair das nuvens, doi... prefiro cair de mais baixinho.
É estranho mas talvez seja um sintoma da confusão em que anda a minha vida, não me apetece escrever. Estou cansada, não me apetece falar de nada e desiludi-me com várias cenas ao mesmo tempo, todas porque abro demais o coração, falo demais e adoro...mas não posso. Eu, que adoro escrever, perdi a vontade, a paciência, a inspiração...antes escrevia quando estava triste ou feliz, nostálgica ou divertida, agora pareço funcionar em modo prático e automático. É um reflexo de muita coisa, especialmente, cansaço. Estou a hibernar, rendi-me à vida, desisti temporariamente e parei de lutar um bocadinho para ver se ela me guiava melhor do que eu.

Mas também evitei o computador em casa, para superar melhor a falta de tabaco...É estranho como um vício condiciona tanto a nossa vida, mas eu sou assim, viciada em tudo o que me sabe bem mesmo que me faça mal, tanto mal...

terça-feira, novembro 15, 2005

Onde o sol brilha sujo...

Estava triste...muita coisa mudou mas há algumas mudanças que, pelo menos agora, ainda não são para melhor, como por exemplo, almoçar sozinha numa zona da cidade que me parece sombria, mal-trapilha, suja e de outros filmes que não o meu. Gosto de algumas partes de alcântara durante a noite mas de dia a calçada está suja, as ruas cheiram mal e as tascas não tem o sabor dos jantares de turma.
Com a claridade vejo a pobre velhinha de preto com a pele carcomida, que se arrasta e transporta as moedinhas para a sopa...come como quem há muito acumula fome e com o cotovelo esconde a tigela que lhe aquece momentâneamente a alma.
Vejo de perto o homem donde se apagaram os sonhos e ficou o sebo da miséria e dos negócios mal-tramados que só lhe pagaram a cama mas deixaram um conjunto de talheres solteiro na outra ponta da toalha de papel na mesa gasta, mas tem um fio de ouro que exibe grosseiramente ao pescoço entre pelos e uma blusa que há muito perdeu a cor...que sofreu em troca de pouco.
Vejo-me a mim, a comer sozinha numa mesa a um canto perdida. Passo desapercebida aos outros mas sinto-me só! Saco do papel que imprimi na noite anterior, no conforto de quem no fim do dia tem um lar, com ele saio dali, a minha mente segue outro caminho...emocionaste-me com as tuas palavras e levo-as para onde levo a solidão, faz-me companhia, recorda-me desse sonho que não quero sujo como os que se passeiam em alcântara quando o sol brilha. Lá onde estás e para onde me levas sei que não estou só nem tenho medo de estar ali...que lugar tão feio...que dúvida fofinha desenhaste na minha alma, que até sendo dúvida me alegra.