segunda-feira, novembro 29, 2004

A dengosisse é lixada

Há dias em que um olhar meiguinho nos toca mais fundo e quase temos a sensação de nos vermos de fora. E a nossa frente um rosto que se inclina para a direita sem dar por isso, se apoia na parede mais próxima para não se desequilibrar naqueles passinhos curtos com que nos balançamos quando estamos com o nervoso miudinho... que faz ruguinhas laterais e deliciosas nos lábios e repuxa os olhos com delicadeza, num sorriso terno do olhar. Não planeado, despertado por uma ternura instantânea... Porque estamos sensíveis ou mais atentos em alguns momentos fica um calorzinho bom na alma que reconforta depois de um dia para esquecer...
É tão bom saber que ainda há pessoas que mantém a ternura e a meiguice das expressões depois de crescidinhos...e que nos deixam esta sensação boa...mesmo quando não a percebemos...

Sinceridade-um dos maiores bens e tão escasso!

Irrita-me! Qual Mafaldinha esperançosa ainda estou à espera do dia em que à minha volta (e já não digo no mundo todo, para não ser mais utópica do que já sou, e para não correr o risco disto parecer um discurso de miss Portugal) todos sejam sinceros e ninguém tenha medo de admitir o que pensa ou sente face ao que quer que seja.
Porra! Passa tudo a vida cheia de merdinhas, atrofianços e coranços, segredos, inseguranças e vergonhas (qd não é maldade) para dizer as coisas, para perguntar, para fazer... Não era mais fácil dizermos, deitarmos cá para fora sem rodeios o essencial? Anda meio mundo a sofrer porque não diz e mais meio a sofrer porque não ouve, como diz uma grande sábia popular, "manquem-se para a vida"! É tão bom desbocar! Falar! Por mais que custe ouvir ou pôr em prática a sinceridade ela é tão boa...alivia, cria laços de confiança, tira toneladas dos ombros...
Por isso, façam-me um favor, sempre que consigam, pelo menos comigo, sejam sinceros/as..."Quem diz a verdade não merece castigo" e é tão bom confiar...
e saber que sou desbocada mas não estou rodeada de falsos, melindrsdos, intimidados ou medrosos...para quê recorrer a indirectas e charadas quando gostamos das pessoas que estão à nossa frente?
Com os inimigos ainda vá que não vá! Sejam falsos à vontade se me odiarem mas poupem-me se tiverem alguma consideração por mim é que até o tempo se poupa...evitam-se tantos desperdícios, sonhos, ilusões, fantasias, desilusões, expectativas, irritações...
Estou farta de tanta angustiazinha absolutamente desnecessária nesse submundo de gente com os sentimentos enterrados ao pé das raízes profundas da flor da pele!
Isto não é um ataque a ninguém, é uma constatação que me deixa tristinha às vezes, não estou chateada... é uma proposta aberta (um pedido) aos cabeçudos/as que enfiam a carapuça... que somos quase todos em tantas situações! O silêncio já era...a moda da comunicação sem ruídos é tão mais saudável! Não concordam ou sou só eu que sou monga?

domingo, novembro 28, 2004

do estilo buidi pi pi

Ah ona ah oná dê
Ai mini mini mai
macarrona tutifai
tutifai ai ai
unisep sep sep
unisip sip sip
unisop sop sop
unisup sup sup

Porque me lembro de joguinhos sem sentido da infância e não consigo memorizar as definições que precisava? Será porque são memórias mais felizes?

O sabonete tinta azul...
tem o prazer de apresentar...:P

p.s. (vergonhoso)-alguém quer vir saltar ao elásticou ou jogar à macaca para desanuviar?
Estou a ficar louca!:P
Acho que devia ter voltado à primária em vez de repetir a faculdade...

sábado, novembro 27, 2004

Foste entrando sem pedir...quase td foi(/é) demais?

Há pessoas que entram na nossa vida de formas absolutamente inesperadas e que mexem e remexem nos sentimentos mais puros, nas alegrias e nos mais pequenos detalhes. Muitas vezes nem damos quase por ter deixado a porta aberta mas sentimo-nos bem de as receber no nosso cantinho à beira da personalidade plantado. Contudo o inesperado faz com que muitas vezes não saibamos como reagir se se afastam, um pouco que seja, se hesitam, se se escondem ou invadem totalmente o nosso espaço... depois de abrirmos o mundo tão rapidamente. (Sérá que deviamos-ou deviamos passar a pedir o cv, carta de recomendação e plano de expectativas antes?).
Frequentemente nem sabemos bem quem são, donde vem e o que querem mas sabe-se lá porquê sabe bem tê-las ao nosso lado mesmo sem saber nada mais do que 3 centímetros além do superficial. Só quando paramos para pensar um pouco e procuramos definir como as olhamos aparece a dúvida e, em prol do bem que sabe estarmos junto a elas, continuamos sem lhe dar resposta. A única coisa que sabemos que estas pessoas vem cheias de coisas boas e sensações agradáveis na mochila mas esquecemo-nos de pensar o que levam de nós ao partir, em cada dia...como nos veêm? O que pensam de nós? E se essa mochila tem fundo falso? Devemos abrir para verificar ou seguir no doce carpe diem de cada viagem?

quinta-feira, novembro 25, 2004

I will survive...stronger than ever...Lindo!

Finalmente sinto-me empenhada, forte e decidida. Desta vez vou em frente sem tropeçar nos obstáculos. Já não tenho medo porque derrubei o desânimo com a teimosia. Sei que sou forte mesmo na adversidade e não me vou deixar cair. Estou a construir os pilares com cimento. Meti na cabeça que vou ser capaz e ai de alguém que se meta no caminho com falinhas de corno manso. Por momentos esqueço-me que sinto e sou racional até aguentar o frio que começa a entupir as veias.
(Afinal é esse o dos vencedores falhados que, às vezes, me rodeiam para se distrairem da vida cinzenta que levam-isto é a parte raivosa de que tento convencer-me)

domingo, novembro 21, 2004

Um dia de Domingo...faz de conta "qui´ ainda" é cedo...

Hoje, que é Domingo, apeteceu-me mandar a matemática e outras espertinhas que tais às urtigas, e passar uma tarde de Domingo de Inverno como antigamente. Na companhia das minhas amigas, rodeadas de sacos de supermercado com tudo o que é porcaria ( e a que temos direito), refasteladas no sofá a ver dvd´s a tarde toda até à noite e a falar de tudo e de nada... (E de ti Rita sempre a escolher o melhor sofá e ressonares no meio do filme(:P)
No fim um olhar para o relógio de relance, uma esperguiçadela domingueira, e uma queda brusca na realidade... onde cada uma se despedia a queixar-se de que amanhã o dia de trabalho ia ser lixado.
Agora as amigas estão longe, ainda não mandei o dvd a arranjar e amanhã não há trabalho...há uma escolinha onde não sei se fico muito tempo, onde não sei se o esforço compensa ou se amanhã fecho os olhos e me recuso a continuar a começar as segundas-feiras assim.

O jogo do caracol...prático e fácil!

As minhas colegas inventaram um novo jogo que tenho mesmo que partilhar porque cada vez que me lembro dá-me vontade de rir feita parva. Outro dia numa aula infinita inventaram o jogo do caracol que dá para fazer em qualquer lugar, só precisam de ter um tabuleiro redondo em forma de cabeça de miúda com aqueles cabelos impressionantemente encaracoladinhos. Depois o objectivo é uma simples corrida de mechas. As jogadoras sentam-se cada uma de um lado da pachorrenta "tabuleira" e puxam o mais possível para ver qual é o caracol que desenrola mais e ganha mais balanço. É um jogo de perícia.:P
Se vissem as minhas colegas todas contentes a jogar tenho a certeza que se partiam a rir como eu. Até a tabuleira, que incansável, tentava tirar apontamentos se ria. Realmente há pessoas com muito savoir faire.

À beira do sonho

O sonho às vezes está tão perto e foge por entre os dedos de uma mão. Está-se quase e falta uma palavra, um beijo, um toque apenas. O sonho fica ali, parado, onde o imortalizamos, onde sabemos que esse mínimo mudaria tudo. Mas há medos que não se ultrapassam e troca-se tudo pela segurança do que está quase lá... despede-se do sonho, no receio de perder o que agarramos com força, por não dizer uma palavra a mais, por conter só mais um gesto angustiante.

sexta-feira, novembro 19, 2004

Onde mora sem sentido

Como cabem tantas dúvidas num mundo tão pequenino?
Encosta, sente o coração, não compasses.
Porque batia...sente-se mesmo na negação
fiquei um minuto mais a escutar.
Pus a alma de parte e não sonhei, realidade...
Vi e estava ali onde previsto
Onde a imaginação o desnorteara
com o despertador desligado na cabeceira.
Sorri, era verdade. Desta vez não queria
já sabia e sempre o soube
não era agora
repousei nesse olhar
ternura por quê adiar
um beijo e é manhã
ao lado outro mundo
mas o que tinha foi tudo
passou e enterrou-se no mesmo local
frio com flores de carinho
nada mais, nada assim como antes
no tempo onde ainda não estava
antes de tudo ser rápido
porque antes da pausa não se para
e primeiro que o pensamento
o desejo e intuição
esse sentir forte
que dispara os sinais
e mostra mesmo o que se tapa
no medo entorpece os sentidos
outra vez
agora que se parte de novo
a começar onde não se ficou
já não se perdem os dias
mas destroi-se a calma
que era pacífica e sincera.
Sem dor a mágoa do incerto
sem pistas
não digerido, escondido,
e o tempo. Passa que não passa
nada melhor que ele
na espuma dos dias
na névoa de quem não viu
na noite
onde mora a tristeza
em forma de esquecimento
mas não se apaga.

quinta-feira, novembro 18, 2004

Por um sorriso

Hoje alguém me reconheceu na universidade. Não sei se vocês católicas do meu coração se lembram de um senhor que estava na caixa do refeitório de comunicação- não tenho a certeza se se chama António-é um senhor de cor bastante simpático, que agora está na cantina do meu edifício.
Hoje almocei lá e quando ia para pagar ele perguntou-me se eu não tinha já lá andado e se não era a irmã do meu manito. Disse que sim e ri-me. Expliquei que ainda não o tinha cumprimentado melhor porque não sabia se ele me reconhecia. Respondeu que me reconheceu logo pelo sorriso. Isto pode parecer ridículo mas soube tão bem que alguém se lembrasse de mim...e ainda por cima por causa do meu sorriso. Senti um apertozinho doce no coração. Especialmente numa altura que me sinto desanimada e a perder as forças estes pequenos gestos fazem-me bem:)

quarta-feira, novembro 17, 2004

Aceitam-se conselhos...

Ando com uma necessidade louca de escrever um artigo para "fazer o gostinho ao dedo", tenho várias boas ideias, que sei que me compravam de certeza, mas estou com medo de propor. Das últimas duas vezes que o fiz, às duas revistas com quem supostamente trabalho, acharam que as ideias eram óptimas e o problema foi mesmo esse. Acharam os temas tão interessantes que mos roubaram pondo outros jornalistas contratados a fazê-los (eu sei que sai mais barato mas é indecente seus #5&#""?$!). E tive que continuar a sorrir porque afinal eles mandam, eles podem, eles cabrões assumidos tem muita gente para se sujeitar a borlas e a tudo mais (Quantas de vocês não sabem exactamente o que isso é?)
O meu dilema é que agora não sei bem o que hei-de fazer :(...sinto-me num beco em que a saída é sempre a mesma. Esbarrar numa parede que não muda, em pessoas tão estúpidas que hão-de ser sempre iguais.
Acham que corra o risco outra vez ou que o escreva e só no final tente vendê-lo? Se bem que posso correr igual risco mesmo que o tenha pronto mas era ainda mais baixo nível... também já não duvido de nada...
Quando me lembro desta falta de escrúpulos nas atitudes fico triste e recordo a razão porque larguei tudo e voltei a estudar... Por que razão é que se desvaloriza tanto a nossa profissão? Por que é que a comunicação social no nosso país está nas mãos de uma cambada de absolutos imbecis que só pensam em fazer dinheiro a qualquer custo sem olhar a meios...
Dá-me raiva pensar que adoro a minha profissão (que se calhar era mesmo nisso que podia ser mais bem sucedida e sentir-me super realizada) e por causa da bandalheira daqueles que mandam no nosso país, de poderzinhos estúpidos e de gente disposta a tudo de todas as maneiras a classe está inundada em podridão e desvalorizada até ao irrisório. Que raio de quarto poder é este que reflecte todos os males de uma sociedade medíocre? Sinto-me revoltada...
Porque é que eu tenho o eterno jeito para o abismo e gosto sempre do que mais me faz sofrer?
Amigas e coleguitas se souberem de alguém que esteja a precisar de um free-lancezito e respeite minimamente não hesitem em avisar...nem que seja a escrever folhetos... :(
Sinha, quando é que começamos a escrever o nosso livro? Agora era uma altura fantástica: era lindo metade em espanhol e passado em Madrid e a outra parte aqui em Lisboa. Um romance bilingue e lançado em Espanha (ai sempre se dá mais valor às coisas).Que te parece? Alinhas? E olha que apesar de louca não estou a brincar...

terça-feira, novembro 16, 2004

Ando sempre a perder as chaves...

Fala-me de ti. Mostra-me o mundo por trás desse olhar perdido e estranhamente inseguro. Ultrapassa as coisas banais de arco-íris em livros para colorir. Não faças cerimónia abre a porta entreaberta e deixa entrar o sonho do desconhecido.

A todos os mongas cinicamente preocupados

Por que é que mesmo as pessoas que não se preocupam connosco em mais aspecto nenhum nos dizem constantemente: "devias deixar de fumar?"-num tom moralista e agoniantemente chato. Mongas!
E depois acrescentam: Faz-te mal, sabias? Duhhh...Eu saber sei (porque também tenho Tv em casa e até já escrevi artigos sobre o assunto-sou muita boa, n'é?)...
Mas penso sempre que se deixássemos de fazer tudo o que mesmo absurdamente nos dá um prazer caótico e perigoso virávamos santinhos do pau oco com focinho de estátua do Vaticano. E depois, do que é que falavamos? Das inúmeras coisas boas e saudáveis que fazemos todos os dias? Dos frescos da capela Sistina? Das boas acções quwe passariam a ser simplesmente acções?
E recordavamos o quê: os monótomos dias passados, sem stresses nem tristezas, sealtos e baixos, sem maldade nem ironia... ui tão bons e cristianamente calmos que nem saberiamos valorizá-los? Há que conhecer o mau para saborear cada bom momento, para sugar até ao tutano (linda expressão) a felicidade, para a devorar com loucura e mesmo de barriga ao lado pedir mais e mais.
É verdade eu quero deixar de fumar e admito que sou viciada e tenho noção do mal que faz ( por estranho que isso possa parecer a muito boa gente) mas há tanta coisa que faz mal e sabe tão bem (poupo os exemplos escabrosos) mas sabiam que as batatas fritas podem provocar cancro?
...e agora o grave é que na maioria das vezes as palavras sábias do "devias deixar de fumar" saem das bocas erradas, de pessoas que se estão positivamente cagando para o meu bem-estar...tanto, mas tanto, que só tenho vontade de lhes atirar as beatas para cima com o mesmo sorriso cínicdamente preocupado que me fazem!
Este texto não é para os que se preocupam de facto...a esses agradeço apenas...obriguem-me, forcem-me, ocupem-me de outras maneiras se conseguirem!:P Até agora esta é mais uma companhia de que ainda não consegui abdicar...

Rita lê com cuidado!:P

Rita eu sei que vais ficar chocada mas eu tenho que te dizer: ando viciada no CD de Mafalda Veiga que me gravaste já há uns tempinhos.
É estranho, de repente algumas letras parecem fazer sentido, (se calhar tens mesmo razão, voltei aos 18 anos e ninguém me avisou) e pior virei piegas! O que é que será que me pode acontecer mais? E olha em algumas coisas sinto-me feliz por isso...
Vejam como é possível arruinar uma letra mesmo sem cantar...:P Agora por isso, quando é que vamos ao karaoque do mister cho (apaixonado em sofrimento pela maldosa e cruel Jordan Maria)?


Olha pra mim (dá para olhares mm?)
Deixa voar os sonhos (isto é só a brincar, na realidade quero quer os agarres)
Deixa acalmar a tormenta (que é culpa tua)
Senta-te um pouco aí (ou aqui mais perto, é como quiseres)
Olha pra mim (embora ande com muitas olheiras tenta imaginar-me mais bonitinha)
Fica no meu abrigo (se não perceberes quer dizer em minha casa)
Dorme no meu abraço (talvez nos braços seja melhor ou eu nos teus que és pesado!)
E conta comigo
Que eu estarei aqui (contigo, de preferência)
enquanto anoitece, enquanto escurece
e os brilhos do mundo
cintilam em nós (tipo Barbie e Ken cintilantes)
eu estarei sempre que te sentires só
enquanto tu sentes que se quebrou tudo (ou seja, que já se partiu a loiça toda)
Olha pra mim (agora de soslaio para não veres as imperfeições)
Hoje não há batalhas (isto não prometo)
Hoje não há tristeza (se tiveres aqui talvez me esqueça de estar triste)
deixa sair o sol (que é para ficarmos às escurinhas)
Olha pra mim (ou fecha os olhos e sente apenas com os olhos da imaginação)
fica no meu abrigo
perde-te nos teus sonhos (e nos meus, vá lá...)
e conta comigo
enquanto anoitece, enquanto escurece
e os brilhos do mundo cintilam em nós (supé brilhantes, supé estrelas, supé bem)
enquanto tu sentes que se quebrou tudo (e eu não?)
eu estarei sempre que te sentires só (ou não... mas se não estiver volto rápido...espera um instantinho)
enquanto anoitece, enquanto escurece
e os brilhos do mundo cintilam em nós (again and again)
enquanto tu sentes que se quebrou tudo
eu estarei sempre que te sentires só (também não abuses...tenho outras coisas para fazer tb)
eu estarei sempre que te sentires só

segunda-feira, novembro 15, 2004

Como diz o povo e muito bem "depois da tempestade vêm a bonança" e é tão bom voltar à normalidade e saber que podemos continuar a ser o que éramos sem ressentimentos.
"Mãos frias, coração quente, amor ardente"...dei comigo a pensar: Será que no Inverno viramos mais pinga-amor? Ou única coisa que pinga é o nariz? Por via das dúvidas ponho as mãos à frente do aquecedor...e deixo o coração arrefecer!

ET phones Home

Espero que sintas o que dizes e que digas o que sintas, eu cá já me calei mas continuo a adorar a conversa!:P

Parabéns a um de nós ou aos dois!

Faz hoje um ano que nos conhecemos (não sei porque me lembro, até não sou muito boa para datas) mas fixei talvez porque marquei esse dia no meu diário, não foi bom nem mau-foi estranho! Não sei se sou eu que estou de parabéns por te aturar ou tu.
No dia em que me conheceste chamaste-me mentirosa mas na realidade ficaste ali. Registaste-me no telemóvel da forma mais badalhoca. Foste burro! Eu não era nada do que pensaste. Tudo o que te disse era verdade e foi apenas um mero acaso falar contigo ainda que continues sem ter a certeza... Já senti muita coisa contraditória, ainda hoje não sei se valeu a pena conhecer-te:P
Entrei no ano ao teu lado e desapareceste. Tu mudaste de cidade, eu mudei de vida. Não sei se estamos mais perto desde que estamos longe ou se a distância aproxima a saudade.
És um sacanita simpático mas talvez por passares tanto tempo a suspeitar de mim ainda não consigo confiar completamente naquilo que dizes. Depois de ser a última das prioridades depois da mana, do namorado da mana, das sobrinhas, do pai, da mãe, do surf, do futebol, da lista infinita de amigos de todas as partes, dos primos que não são primos de verdade passei a este lugar incerto onde não se está bem nem mal desde que não se pense muito sobre o assunto. Ainda bem que nunca te levei a sério...só a ironia me valeu!
Comecei por ser o plano da última incógnita, nem sabia o que isso significava mas tive raiva quando descobri. É engraçado como as pessoas podem construir ideias tão erradas...em que letra estaremos agora? Embora já não me preocupe muito tenho alguma curiosidade!:P Monga! Só escrevo assim porque sei que não vais ler, ou será que vais às escondidas? Já tens razão para imbirrar outra vez!
Falam, falam, falam...

sábado, novembro 13, 2004

Piroso mas com sentido

Há pessoas que merecem todo o meu carinho mas que são tão diferentes nas atitudes que às vezes não sei como reagir. Outro dia deixei cair uma lágrima, senti-me perdida por causa de uma nota ou de uma perspectiva desesperada de futuro próximo enevoada...estava numa aula e mais do que nunca pensei que aquele não era o meu lugar...que tudo não passava de um erro.
Sentada no meio de um pesadelo em que olhava para o quadro e estava preenchido com números e símbolos que não entendia e o profe sempre a dizer "isto é de caras", "isto é claríssimo". a frequência negativa em cima da mesa respondia por mim. Os olhos ficaram vermelhos e essa caiu desatenta e rolou nervosa.
Ela, sentada ao meu lado, acabou por reparar, e deu-me a mão. Disse-me para me animar (:P) que aquilo era facílimo...é sempre bom porque ainda me fez sentir mais burra (mas a intenção era boa). Sorri apesar do desespero. Ofereceu-se para me explicar tudo depois das aulas...hoje ajudou-me! Mais do que me explicar a decifrar o código académico fez-me ver que ainda vale a pena acreditar nas boas intenções de algumas pessoas. Que há gente que é capaz de ter atitudes altruístas só para impedir uma lágrima de cair. Ofereci-lhe boleia(era o mínimo que podia fazer), sim porque ela tinha mais que fazer e já estava atrasada para a vidinha dela, e ainda me agradeceu a conversa...diz que adora falar comigo e atrasou um pouco mais a sua vida para ficar mais uns minutinhos dentro do carro...
É uma querida. Conseguiu ter várias atitudes espontâneas que me surpreenderam e que me fazem sentir que às vezes vale a pena acreditar quando nos dão a mão sem pedir nada em troca.

sexta-feira, novembro 12, 2004

Em vão...

Não consegui olhar de frente. Não sei se tinha medo de sentir mais ou de ver a realidade. Queria mostrar-me e esconder-me em mim, distante, para responder ao silêncio que me magoa.

Strange world

Hoje tinhamos que formar grupos para um trabalho. Quando a profe me perguntou qual era o meu disse que não tinha. Ela disse que não fazia mal nenhum e ofereceu-se para fazer comigo. Será que vou conseguir ter boa nota com a profe a fazer trabalho de grupo comigo? Acham normal e sou eu que sou estranha? Ou é ela que não se manca?
Só gostava de saber se ela também vai para as práticas fazê-lo comigo ou tenho que cravar o profe das práticas para entrar neste grupo "sui generis"?

quinta-feira, novembro 11, 2004

secret smile

Acabei de falar ao telefone com o puto da minha vida-o meu sobrinho- é lindo! É tão bom saber que do outro lado da linha está alguém que chama por nós e nos faz esquecer tudo o que é cinzento. Estive a cantar ao telefone com ele, ouvi-o a rir e a repetir o que dizia. Disseram que ele é que me quis ligar porque viu a minha foto e chamou por mim. É maravilhoso saber que fazemos parte do pequeno mundinho de um ser absolutamente fantástico que nem sequer tem dois anos mas que mexe com toda a nossa vida e escolhas. Hoje tenho um humor de cão raivoso mas não consegui deixar de rir com vontade. É tão gratificante existirem pessoas de palmo e meio assim. Onde é que se perde a inocência, a pureza e a sinceridade de quem chora e faz birra quando partimos porque não nos quer largar, de quem nos diz que "pechisa" de brincar connosco e nos faz sentir essenciais dizendo apenas o nosso nome envolto num papel de carinho inconsciente e delicioso. Amo-te demais pequenino!

Transeunte sem alma

O silêncio falou e pensei que não queria ouvir mais.
Percorri ruas ao acaso, passiei comigo, senti a brisa fresca a gelar-me os sentimentos e secar uma lágrima estúpida e teimosa...vaguiei... Vi gente que não me diz nada, cruzei-me com eles num caminho onde o único destino era a calçada que pisava. Olhei-os nos olhos para ver o vazio. Andei porque apenas queria sentir o chão firme e o cheiro de um dia triste.

quarta-feira, novembro 10, 2004

Deslarguem-me...:P

Eu bem tento não meter a pata na poça mas elas não me saem do caminho...não se desviam! Não tenho a culpa, n'é?

terça-feira, novembro 09, 2004

It´s my party and i cry if i want to!

Hoje vou afogar as mágoas em copos de vodka e espero que elas não me afoguem a mim. Nadar ou não nadar contra a maré, eis a questão?

Tudo morre...até os sonhos!

Morre-se um dia mais quando os sonhos tombam e as esperanças esbarram contra o muro das incertezas. Nada mais e tudo para começar de novo a caminho de uma ilusão que foge. Medo, insegurança, verdade. A realidade que não se quer ver e treme à nossa volta acusando a sua presença em tragos insólitos de quotidiano. Morre-se um dia mais e apagam-se as luzes de um caminho cada vez mais solitário e perturbador. Desistir, talvez...e porque não? Perseguir outro sonho válido pré-destinado. Levam-se chapadas do destino. Tropeça-se e a dor é imensa, insuportável, angustiante e suja. Luta-se numa batalha perdida à partida onde todos marcham ao contrário. Acaba-se o dia, esquece-se tudo e reza-se que o amanhã ao nascer traga consigo a força dos dias esquecidos.

domingo, novembro 07, 2004

A.F. e D.F. (antes das frequências e depois das frequências)

Vou voltar à "época das vacas gordas". Felizmente há tempo para algo mais do que estudar e estar sem estudar mas com peso na consciência por não o fazer. Durante umas semaninhas altero as minhas prioridades: preciso de dormir, tomar cafés, cinemas, livros, saídas, telefonemas sem minutos contados e muito amor e carinho:P que vem ai pior-receber os resultados das frequências!
Avisa-se os desprevenidos e susceptíveis de que prometi a mim mesma (até parece que é ano novo) que vou ser uma crominha e estudar todos os dias um bocadinho para não voltar a stressar como nas últimas duas semanas! Agradece-se que não venham dias ventosos para não arrastarem as minhas promessas pelo ar mais uma vez! É desta que viro criança aplicada e aprendo a gerir o meu tempo!
A intenção é boa, já não falta tudo!

sexta-feira, novembro 05, 2004

Mentalmente loira e lerda

É sempre bom fazer figura de otária à frente das pessoas que mais nos interessam...eu, nos últimos tempos, ando especialista na matéria!
Estou a pensar seriamente em mudar o tom de cabelo...talvez um tom loiro tenha mais a ver com a minha condição mental actualmente! (no ofense lézinha!)

quarta-feira, novembro 03, 2004

Para variar...

Fui traída por meia hora...mais meia hora e poderia fazer a diferença entre uma positiva e uma nega! Sinto uma mistura de raiva e angústia! Quase que tenho pena de mim. Sabia fazer e não pude...descobri qual é a minha herança alentejana- o raciocínio matemático-a única coisa em que sou lenta demais.
Adorava ser tão mais lenta em tanta coisa na vida mas a matemática não é uma delas definitivamente! Merda, com todas as letras Merda! Tou lixada!

terça-feira, novembro 02, 2004

Por uma centena de razões...

Por tantas e tantas mais razões, umas mais plausíveis, sérias e fundamentadas, outras menos racionais, algumas de vaidade, e outras só porque sim... gostava mesmo de ter boa nota a matemática. Bem perto do topo, ou mesmo no pódio dos motivos está a angustia de falhar na disciplina me que é a base do curso que estou a começar e que ainda não estou segura de ter sido a escolha mais acertada. E se falho agora, sinto que nunca mais vou acertar ou conseguir endireitar-me. Fico ainda mais coxa nesta corrida...talvez o cronómetro me queira dizer que é tarde para mudar tudo...e começar de novo algo que já não tenho direito...
Esta nota talvez pese demasiado nas minhas escolhas a curto prazo...talvez me abra os olhos para uma realidade que não quero ver, ou talvez não...
Não sei se vou ter a força necessária para continuar a bater numa tecla errada...e talvez esta nota me diga se é errada. Nela vão estar condensadas demasiadas expectativas, medos, sonhos por construir ou desfeitos. Vai pôr a prova a minha resistência...sinceramente não sei se consigo suportar mais uma nega. Custa tanto...tento não pensar nisso e ser optimista, de uma forma que nem eu própria achava que conseguia, mas agora à medida que os ponteiros do relógio me roubam tempo e me matam de ansiedade, sinto-me fraca de novo. À memória acorrem as recordações de alguns fracassos tão recentes e tão revoltantes-2 negas...vergonha, raiva, sobretudo muita tristeza num grito que tento calar, num choro que afasto...sufoco!
Não sei até onde a minha auto-estima aguenta a contradição, até onde a minha teimosia contraria o destino...
Mas na realidade sei que não estou a dar o meu melhor ainda...e pesa na consciência alguma culpa. Receio tanto mas ainda não utilizei todas as armas, todas as forças...espero que cheguem as muitas que já usei!
Preciso urgentemente de fazer as pazes com o destino mesmo que isso me faça sofrer ou não...a nota talvez me dê um sinal! Torçam por mim, please!