quarta-feira, setembro 20, 2006

Porque é que há pessoas que dizem que acabou e ponto final, não se fala mais nisso (e já lá está repentinamente tudinho atrás das costas); outras que dizem acabou mas reticêcias, vai lá agora filho mas qualquer dia pode ser que voltes (depende da necessidade e da ocasião); e as mais irritantes de todas (mesmo muito estúpidas) aquelas que não dizem mas adoravam que outros adivinhassem que acabou tentando fazer birra até que os outros percebam (é raro, diga-se de passagem) e deixando tudo desorientado e cheio de nervos?
O atrofio, de facto, é um das coisas mais feias que há, pior quase que a mentira...com a vantagem que ser mentirosa é muito mais fácil, com toda a certeza!
Descobri que afinal até gosto de ser uma parasita da sociedade, de baixa, de vez em quando. Isto tem graça, não fazer nenhum só para variar. Chato, chato é que ainda tenho a cara dorida e uma estranha obsessão com pingos para o nariz, elixir para a boca e sacos de gelo nas bochechas todo o santo dia. Se não fossem esses pormenores até seria uma doméstica feliz!:P
Outro dia, numa de curiosa e naif (e armada em esperta investigadora), perguntei a um belo conjuntinho de 4 casadas e uma divorciada se quando se casaram tinham a certeza que aquela era a única pessoa do mundo que amavam e com que se imaginavam a passar o resto dos seus dias (ah, isto vinha num contexto, não pensem que ando para ai a fazer perguntas difíceis assim ao acaso).
Resposta unânime: "Tás louca?". (Quase ofendidas...)
Acho que li demasiados contos de fadas em pequenina, é verdade, ou então ainda não cheguei aquele estado de perceber que se casa com aquele que está a jeito na altura e que por acaso até tem alguns gostos e interesses em comum. Uma delas acrescentou: "O que é mais importante é que essa pessoa partilhe os mesmos objectivos de vida contigo". Cheira-me que ainda sou um bocado leiga na matéria...lol
A eterna dúvida: Ama-se quem nos despreza ou só gostamos de ir lá ver se conseguimos ganhar a luta e depois de (eventualmente) ganha perdemos a pica da paixão?
Será que um dia quando se amar de verdade se prefere carinho em excesso em vez de jogos de conquista barata?
Às vezes tenho a sensação que passamos a vida a fugir daquilo que nos traz mais paz verdadeiramente e optamos pelos caminhos mais difíceis só por orgulho ou para mostrar que temos garra (mostrar a não sei bem a quem mas com muito esforço). Ultimamente, rodeada de tranquilidade e harmonia sinto-me em casa e protegida ao pé dos meus. É bom às vezes parar e sentir a família sem ser como uma obrigação de fim-de-semana mas como um esconderijo aconchegante onde continuamos a ser princesas no nosso castelo de mimo. No fundo, no fundo acho que esta sensação é aquela que a sociedade nos fez perder por já não termos um lugar fixo em nada. E quando chegamos a casa e sabemos que está ali alguém que vai sempre amar-nos e achar-nos insubstituíveis, mesmo com todos os nossos defeitos e birras, sabe tão bem…é a força da estabilidade que tanto buscamos noutros sítios mas que só nestes pequenos paraísos se descobre. Tirando quando o nosso castelo se desmorona e nos apetece mandar tudo dar uma voltinha…mas mesmo ai é giro porque só estes laços fortes é que aguentam estes abalos e se mantém firmes. (Ai, ai, Freud seria mais racional, ok, eu sei!)
Muito gostava eu de saber porque é que a primeira pergunta de alguém que nos telefona ou nos vê e nos conhece ai das noites ou das vidas é: Como é que está o trabalho?
Ainda não percebi a razão:
Se é porque acham que não fazemos nada mais interessante;
Se é porque nos consideram uns workaholics da vida
Se é porque eles é que são assim
Ou simplesmente por puro atrofio e por esta ser a pergunta mais fácil e formal enquanto não há filhos e cruzes a doer...
Juro que para mim isto é um verdadeiro enigma!

sábado, setembro 16, 2006

gémeos...que fado ou troque-se o "o" por "a"?

Porque é que um gémeos nunca ama com calma, paciência e entra sempre a matar, a estragar e a revolucionar? Porque é que um gémeos na maioria dos casos vê o amor como um ataque pessoal e não como uma dádiva (à laia de caranguejo)? Porque é que é tão difícil ser gémeos e não perceber quem escreveu aqueles contos dos amores tradicionais? Porque é que uma das coisas que um gémeos mais teme é ouvir um amo-te e todos os acrescentos e obrigações que isso implica? A sério não estou a ser retórica...atá adorava saber...

Walk the line...

Não sei se é por causa de estar com a cara como se tivesse levado 10 murros na face direita, qual vítima de violência doméstica no seu melhor, por ter voltado ao "colinho dos papás" temporariamente ou por estar tão longe da tortura amorosa dos últimos tempos, sinto-me fresquita e romântica. Hoje, finalmente, vi o walk the line, que nunca tinha desejado ver e adorei. Qual monte dos vendavais ou amor de perdição quando há uma história daquelas entre Johnny Cash e June Carter e com banda sonora do melhor. Diós que fuerte...Eu amo estas histórias, choro no final e rezo para que não me aconteçam, porque na realidade acho que nunca ia ter capacidade para esperar tanto. E a Reese mereceu o óscar, está fantástica de facto. (Claro que também não é difícil manter-se inspirada com um deus daqueles constantemente a roçar-se no nosso cenário e a a cantar-nos aos ouvidos. Joaquin, hijo, cosa buena, vuelve a mi, estas perdonado! Pensando bem, só a pose como que a dizer: senhoras vou esfregar a guitarra no sovaco e engoli-la se ela não se cuida é que não era assim tão sensual...)
Depois vi o Lost in Translation, que também andava com uma certa curiosidade (e facilitou o Expresso oferecer simpaticamente)e ficou muito aquem das minhas expectativas. Ok, quem não sabe que o amor é um lugar estranho? Com estranhas dúvidas e vontades? Com picos de tudo e de nada? Boring...e já que punham a Scarlet arranjavam um equivalente masculino a não aquela trongadongas tão gastito? Que tal Pierce Brosnan?
Mas eu não vos vou maçar mais sobre as considerações sobre os últimos 20 filmes que vi em 3 dias. Isto de andar feita defe com o saco de gelo atrás a toda a hora e só intervalar para pingos, gotas e comprimidos tem muito que se lhe diga!E alimentar-me de palhinha fluroscente babando sem gosto...ui, é um pitéu! Já relativamente à falta de nicotina nem vos vou contar os danos cerebrais que já me causou...era bom que pelo menos me servisse para deixar de fumar para sempre...:(

Love gap

Hoje tive a falar de amor com o meu pai...foi ele que puxou a conversa! Estranho. Só o fiz rir com as minhas convicções e definições...e o pior é que estava a falar a sério. Um conselho final que me deu depois das confusões todas que lhe contei foi: "Tens de ser mais egoísta, só nesse ponto, e divertires-te mais. Não te preocupares tanto com os outros". Fiquei confusa. Depois de tudo ainda acha que sou um ser humano simpático demais no que toca a relações? Depoisa lembrei-me...ele é meu pai, não é homem, é excepção: senão como é que seria possível amar com a mesma pujança e orgulho a minha mãe há 33 anos e ainda ter os olhinhos a brilhar quando fala dela?

Virgens mas não inocentes!

Parabéns aos meus dois amigões virgens, quase os dois únicos homens que leêm às escondidas este blog e que eu adoro muito!Não sei qual dos dois gosto mais...e de facto um é loiro, outro é moreno... Sim, isto tudo apesar de serem virgens, esse signo sacanóide e paranóide que destrói a saúde mental a qualquer gémeos que tenha o azar de os tentar perceber. Um alerta para gemianas, fujam deles, ainda estão a tempo, até porque eles só irão perceber que as adoram daqui a 10 anos...até lá estarão a ponderar hipóteses de qual a melhor maneira para sofrerem no amor e se esconderem no trabalho!:P Brincadeirinha, vocês sabem que eu vos adoro como ninguém! (Além disso, o meu pai, esse grande e corajoso homem que me ama, esse sim, como nenhum outro, é virgem)