terça-feira, junho 22, 2004

Nada era para ser assim!

Não era suposto incendiares-me com o teu olhar...não podias ter estado ali, naquele café que nem sequer era café, e aproximares-te demais. Enquanto lia senti que me tocavas no braço. Era só o braço mas sei que querias marcar a tua presença e dizer-me que estavas ao meu lado. Ao de leve obrigaste-me a sentir-te uma vez mais. Foi tanta coisa num dia só. Tanta intensidade sem gestos, apenas olhares, poucas palavras, algo que fica sempre por dizer. Porque te ofereceste para ir comigo comprar tabaco àquelas horas em que só queria esquecer sentimentos contraditórios? É ridículo o pormenor mas impuseste a tua presença outra vez. Tentaste renascer, deixei-me levar... Toquei-te, sorri, cedi mais um segundo...e acabou tudo. Conseguiste o que querias! É sempre um jogo, não é?
Talvez te tenha magoado depois mas sem querer...talvez por não saber as regras.

Sem comentários: