sábado, dezembro 11, 2004

A montanha-russa

Ontem alguém me confessou que a sua vida estava tão boa agora que tinha medo de acordar no dia de amanhã e as coisas mudarem, porque só podiam piorar. Fiquei com uma inveja saudável de não poder dizer o mesmo. Mas fez-me pensar que às vezes, em cada duas voltas completas ao mostrador do relógio, tudo se altera. Num momento estamos insuportáveis de felicidade e apetece-nos rir, por tudo e por nada, e no outro dia um rasgo súbito de stresse e angústia vem ao de cima e estraga tudo. Desaparece o arco-íris e chove sem fazer sol. Damos cambalhotas de 360 graus e vira noite cerrada ou nasce aquele que é para todos-o sol. (Salvé Aleluia Salvé:P)
Basta um telefonema, um café, uma má nota, um dia de estudo sem resultados...
De eufóricos de alegria passa-se a destroçados em lágrimas e enevoados em tristezas profundas. No entanto, é essa a graça da vida, apesar de nos fazer sofrer com a incerteza do amanhã, ensina-nos que tudo se transforma num estalar de dedos...e quando menos se esperara cai um raio de tempestade que, das duas uma: ou traz a bonança ou o mau tempo. Tudo está em aberto em cada alvorada como um jogo sem regras... São os zigue-zagues, em curvas e contra-curvas que nos fazem cair e levantar.
O pior é quando estamos mal e o carrocel parece parado à espera de indicações!

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