quarta-feira, abril 27, 2005

Amor à queima roupa

Não há padrões nem encaixes, gavetas ou palavras onde caiba o amor. O amor é de quem o tem e de quem o sente. Diferente como cada pontinho no universo que somos. Livre, preso, odiado, desprezado, desejado ou deseperado...disperso e viciante, fatal, paralisante, dormente, receoso, sonhador, assassino ou principiesco.
O amor anda no ar, na boca, nos gestos, nos toques e nos sorrisos, nos olhares e nos intervalos da conversa. Pega-se e é endémico, pestilento, espalha-se e contagia, deteriora, encoraja, rasteja e esvai-se no silêncio que o sufoca e enterra para reaparecer como dor. Esconde-se e renasce, ganha novas formas, consome-se e não se gasta, custa muito mas é grátis...
O amor não tem rosto, é como aqueles cartazes das feiras com corpo e sem cara onde quando um o ajeita à medida... e nunca parece que nos fica bem porque falta sempre um pormenor que a maior parte das vezes não passa disso. É distante e presente, é disfarçável mas não obediente. Corre, muda, transforma, hiperboliza e diminui...guarda-se em qualquer cantinho mas ocupa sempre espaço demais. Enjoa, é doentio e anda sempre atrás de quem não o merece. Causa arrepios, falta de apetite, tonturas, frio na barriga e muitos deseperos... Todos os que amam sabem que nunca serão amados como amam porque o amor não é igual nem "ensinável"...não se escolhe nos catálogos nem tem referências que o identifiquem...mas apesar de tudo, valerá a pena?
Parece-me que há por aí muitos, e não acuso esses "quemzinhos" irritantes, que o apontam sempre para o lado errado e outros que escapam miseravelmente às setas cupido-alarmantes! E neste momento estão alguns palermas escarranchados nas palavras a pensar:"Are u talking to mi babi?":P

1 comentário:

Anónimo disse...

É só babes distraidos;)