quarta-feira, março 23, 2005

Coincidências que vem mesmo a calhar...

Hoje sai de casa de manhã para tomar o primeiro café do dia e quando estava a passar ouço alguém a chamar o meu nome. À primeira não olhei porque podia ser para outra qualquer com o mesmo nome. À segunda achei que era para mim porque a voz estava cada vez mais perto como se alguém viesse mesmo atrás de mim... embora a voz não me fosse familiar...Olhei.
Era o meu primeiro grande amor. A primeira pessoa por quem senti algo de grande e me prendeu há nove anos atrás...que me viciou nesta rede emaranhada de paixões, encontros e desencontros...
Com mais uns cabelitos brancos mas continua exactamente igual a si próprio-único no sorriso, na conversa e na maneira de estar, absolutamente lindo e cativante. É incrível como passado 9 anos sei exactamente porque me apaixonei por ele antes de qualquer outro...
Adorei a conversa. Passámos do absolutamente banal para uma conversa profunda em poucos minutos. Talvez vindas da boca de um ex-grande amor certas palavras façam ainda mais sentido. Falámos de ciclos e padrões que tanto se repetiram e continuam a repetir ao longo do tempo e pelos quais estamos sempre a passar quando nos encontramos, em média, de 2 em 2 anos...e sempre absolutamente por acaso...
O mais engraçado é que ele é sempre o oposto do meu ciclo e vice-versa. Caimos sempre no mesmo mas em sentidos contrários....mas desta vez percebi que são ciclos viciosos que não levam a lado nenhum daqueles que imaginámos ou procurámos. Normalmente sou eu que lhe dou mais conselhos mas provavelmente também sou eu a que tira mais conclusões àcerca do que falamos.
É fantástico como ele me faz sempre ver coisas complicadas de formas tão simples...
Por o ideal que ele representou durante anos quis ser uma coisa que sempre fui mas que achava que não era. Hoje vejo os laços sem nós mas sei que me continuo a emaranhar nas mesmas redes. Não faço de propósito assim como ele não faz mas não quero continuar a ser tão parecida com ele como ainda sou e a encontrar sempre o mesmo que é reflexo da sua imagem. O nosso primeiro não pode ser igual a todos os outros senão não se fecha o ciclo nunca!
E há anos que o encontro no meio da rua...a passar à minha frente como se nada fosse...e nos afastamos por mais 2 anos...

1 comentário:

Anónimo disse...

É,o primeiro amor verdadeiro das nossas vidas é único e intemporal. Não pretende ser destruído, nem nós o queremos destruir e não exige grandes sacrifícios, para além do tempo intelectual que a ele dedicamos. Digamos que é...bestial!

Love to read you...