terça-feira, março 01, 2005

O amor é fodido...O MEC tinha razão apesar daqueles tiques manhosos...

Às vezes estamos tão centrados em nós que não reparamos o quanto os outros sofrem ao nosso lado.
Sofrem quando amam, sofrem quando querem ser amados de maneiras diferentes, sofrem quando são amados e não chega, sofrem quando o amor não passa às palavras, sofrem quando descobrem que o amor não são só facilidades, sofrem quando não sabem o que é o amor e continuam a sonhar "com a chama que arde sem se ver", sofrem quando se assustam com a dependência que ele cria, sofrem por não saber quem ama mais quem, sofrem quando os defeitos do outro passam de amorosos a odiosos, sofrem quando o amor não é nada do que se sonhou, sofrem quando percebem que o amor, a maior parte das vezes, não é romântico, sofrem quando percebem que o amor pode não ser bengala para tudo e às vezes é pantanoso...sofrem, em última instância, quando depois de casados descobrem que o casamento não é uma meta mas uma conquista ou luta diária, se calhar a mais dura das batalhas e nem sempre recompensadora. O amor não foi inventado para ter piada, para ser bonito...até Jesus morreu por amor a humanidade...tem graça? Não. É peste, é doença é erva daninha, é inevitável, um mar de rosas com espinhos...aparece quando menos se quer e onde menos se espera mas não é escolha-e isso é que a maioria se esquece- é imposição. E o desafio está em arranjar a melhor maneira de se lidar com ele, aquela que não nos afasta do eu e constroi pontes para o tu.
Mas como todas as pontes se o cimento cede de um lado a ponte cai e está sujeita a deteriorações constantes, ao vento, às areias...Não se começa a ponte pelo meio, nem se tira um pilar ao calhas para consertar. A estrutura não pode ser frágil e exige um cuidado constante. Já quase não há pontes de pedra...mas isso não quer dizer que se deixem cair...nenhuma ponte é igual nem liga as mesmas extremidades...não há soluções únicas nem ninguém as constroi sozinho...
Entre-os-rios caiu e entre nós e os outros caem todos os dias...
O difícil não é começar, "porque quando Deus quer, o homem sonha e a obra nasce", o difícil é encontar uma ponte que não seja a palhota dos 3 porquinhos e que resista ao sopro do lobo mau...(achavam que isto ia ter uma conclusão profunda?). Eu ainda me lembro de ter pesadelos constantes com a ponte 25 de Abril...aquela parte das ripinhas, que faz demasiado barulho e deixa ver o rio tão bonito mas perigoso, sempre me deixou muito a desejar...lolo

2 comentários:

Rita disse...

Adorei o teu texto amiga : ))

AcesHigh disse...

Está muito bom mesmo!! Gostei a valer.
continua com a boa escrita :)
um beijo*