sexta-feira, novembro 19, 2004

Onde mora sem sentido

Como cabem tantas dúvidas num mundo tão pequenino?
Encosta, sente o coração, não compasses.
Porque batia...sente-se mesmo na negação
fiquei um minuto mais a escutar.
Pus a alma de parte e não sonhei, realidade...
Vi e estava ali onde previsto
Onde a imaginação o desnorteara
com o despertador desligado na cabeceira.
Sorri, era verdade. Desta vez não queria
já sabia e sempre o soube
não era agora
repousei nesse olhar
ternura por quê adiar
um beijo e é manhã
ao lado outro mundo
mas o que tinha foi tudo
passou e enterrou-se no mesmo local
frio com flores de carinho
nada mais, nada assim como antes
no tempo onde ainda não estava
antes de tudo ser rápido
porque antes da pausa não se para
e primeiro que o pensamento
o desejo e intuição
esse sentir forte
que dispara os sinais
e mostra mesmo o que se tapa
no medo entorpece os sentidos
outra vez
agora que se parte de novo
a começar onde não se ficou
já não se perdem os dias
mas destroi-se a calma
que era pacífica e sincera.
Sem dor a mágoa do incerto
sem pistas
não digerido, escondido,
e o tempo. Passa que não passa
nada melhor que ele
na espuma dos dias
na névoa de quem não viu
na noite
onde mora a tristeza
em forma de esquecimento
mas não se apaga.

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